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O que é vício

A palavra “vício” é derivada de um termo em latim para "falha” ou "defeito.” Como Elaine Sibinelli define "Na psicologia ele (o vício) é considerado um traço de personalidade".

 

Antigamente, se acreditava que apenas álcool e drogas viciavam pessoas, recente há estudos provando que outras atividades também podem resultar em vício, entre elas sexo, internet e jogos.

 

Na década de 30, pesquisadores acreditavam que as pessoas que desenvolveram vícios eram moralmente inaptas ou fracas de autocontrole, porém hoje a dependência é reconhecida como uma doença crônica, que altera a estrutura e a função cerebral.

 

Assim como algumas doenças causam danos ao coração e a diabetes prejudica o pâncreas, a dependência afeta o cérebro.

Características

Segundo Elaine, os principais comportamentos de uma pessoas viciada são:


- Negligência noites de sono, o lado profissional, demanda escola

- Humor

- Tempo
 

Para saber outros comportamentos, ouça um trecho da entrevista

CaracterísticasElaine Sibinelli
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Para ouvir a entrevista completa, ouça aqui

Tratamento

Como psicóloga comportamental cognitiva, Elaine conta que ela faz sessões com o paciente e, em caso de crianças e adolescentes, depois de umas cinco ou seis sessões ela chama os pais para saber melhor a opinião deles como conta na entrevista.

 

Em casos extremos como caso *Gabriela, seu ex-marido passou pelo tratamento psicológico mas precisou ir ao neurologista e psquiatra submetendo à remédios de tarja preta.

 

Porém por mais que o número de gamers aumente, não significa que deva pensar que todos são viciados, e é sempre recomendado que o diagnóstico seja feito por um profissional antes de tudo. Há casos que nem sempre é um vício, mas deve sempre ficar atento tanto os pais quanto o próprio jogador como o caso de Eric que jogando há poucos meses já sente que está atrapalhando sua e vida e está usando estratégia para evitar ou diminuir o tempo.

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TratamentoElaine Sibinelli
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A solidão pode ser tão prejudicial quanto fumar um cigarro, é o que diz uma pesquisa realizada por um psicólogo americano, John Cacioppo que constatou que o isolamento social é o mesmo que fumar 15 cigarros por dia ou ser alcoólatra, os estudos foram feitos para o jornal Daily Mail.

 

A solidão pode ter um impacto agravante nos níveis hormonais, como o cortisol, que é hormônio do estresse, além de prejudicar a pressão arterial. Segundo a pesquisa se sentir sozinho e sem ninguém pode tornar uma pessoa com dificuldades em dormir e ter um aumento na progressão da demência.

 

Jogadores compulsivos tende a serem comparados com antissociais, por ficarem muito tempo jogando. O uso excessivo em videogames pode ser um agravante nos distúrbios, de acordo com o pesquisador Douglas Gentile que realizou a pesquisa na Ásia, o resultado da pesquisa apontou que quando as crianças e adolescentes viciam, é como se fosse uma depressão, ansiedade e fobias que se agravam de acordo com a intensidade que passam jogando. Segundo o sociólogo Vitor Barletta entende que os pais podem ser o agravante disso, já que pela correria deixam os filhos cada vez mais a frente de computadores, videogames e televisão. " Os pais precisam educar seus filhos para a vida social para o convívio e não os deixar a frente dessas ferramentas o dia todo." Explica.

 

Um outro levantamento feito na Ásia aponta que as crianças passam em média 20 horas por semana jogando, e de cada dez adolescente um é considerado viciado em jogos. Porém outra pesquisa sobre games que foi desenvolvida na Universidade Nottingham Trent, no Reino Unido, descreve que passar horas a frente dos games não causa nenhum tipo de vício, e que qualquer pessoa pode jogar por horas sem que seja afetado.

 

É importante ressaltar que muitas pesquisas se contradizem a outra, pelo fato de que são feitas com pessoas e cidades diferentes, segundo o educador físico Istvan de Abreu Drobranskzy as pesquisas são genéricas e não se pode tirar como uma verdade. "As pesquisas não identificam todos os casos, sendo que tem grupos e pessoas especificas." Aponta. Para o educador também tem jogos que ajudam no combate a depressão, jogos que são de dança e interatividade podem ajudar jovem que tem problemas como a timidez. " Podemos ver que tem jovens que sempre estão em eventos de games e que tem amigos." Conta.

 

Segundo o sociólogo Vitor Barletta não é possível dizer que todos que jogam vão sofrer com depressão e ansiedade, pelo fato de que cada pessoa é diferente e tem costumes e maneiras diferentes de viver na sociedade. "Cada pessoa é diferente da outra, não podemos chegar a uma única conclusão, mas podemos dizer que cada pessoa reage de uma maneira especifica a cada estimulo de um jogo." Explica. 

Solidão relacionada aos jogos

   Os neuróticos anônimos, NA, é um grupo, formado por mulheres e homens que busca em conjunto o compartilhamento de experiência, com isso, por ser ouvido, apresenta diversos resultados, como por exemplo, uma ajuda para a cura da depressão. O grupo que se reunido no período de duas horas os sábados. Para se tornar parte do grupo, somente tem que se reafirmar como uma pessoa neurótica e participar das sessões, não havendo nenhum custo para os participantes. As sessões não têm nenhum acompanhamento com psicólogos. Apesar das reuniões serem feitas na igreja, o grupo não tem nenhum vínculo com religião, tendo os seus passos sendo baseados nas reuniões de alcoólicos anônimos, no desabafado no grupo, ninguém está autorizada a dar sua opinião para os participantes.

   A entidade teve início em 1964, quando Grove B, um alcoólatra recuperado, acabou percebendo que o seu problema com alcoolismo se teve por problemas emocionais anteriores, modificando o tratamento que teve com alcoólicos anônimos, para a sessão de ouvidoria dos participantes.

    No Brasil, tem mais de 380 grupos de NA, em Campinas, a sua sede fica no Taquaral, na Igreja Nossa Senhora da Fátima, localizada na rua elidia de campos 210, sendo o horário das reuniões, 16 ás 18 horas no sábado.

     O grupo apresenta os dozes passos, que devem ser seguidos pelos participantes. Que são:

 

1º – Admitimos que éramos impotentes perante nossas emoções – que tínhamos perdido o domínio sobre nossas vidas.

 

2º – Viemos a acreditar que um Poder superior a nós mesmos poderia devolver-nos à sanidade.

 

3º – Decidimos entregar nossa vontade e nossa vida aos cuidados de Deus, na forma em que O concebíamos.

 

4º – Fizemos minucioso e destemido inventário moral de nós mesmos.

 

5º – Admitimos perante Deus, perante nós mesmos e perante outro ser humano, a natureza exata de nossas falhas.

 

6º – Prontificamo-nos inteiramente a deixar que Deus removesse todos esses defeitos de caráter.

 

7º – Humildemente rogamos a Ele que nos livrasse de nossas imperfeições.

 

8º – Fizemos uma relação de todas as pessoas que tínhamos prejudicado e nos dispusemos a reparar os danos a elas causados.

 

9º – Fizemos reparações diretas dos danos causados a tais pessoas, sempre que possível, salvo quando fazê-lo significasse prejudicá-las ou a outrem.

 

10º – Continuamos fazendo o inventário pessoal e, quando estávamos errados, nós o admitíamos prontamente.

 

11º – Procuramos, através da prece e da meditação, melhorar nosso contato consciente com Deus, na forma em que O concebíamos, rogando apenas o conhecimento de Sua vontade em relação a nós e forças para realizar essa vontade.

 

12º – Tendo experimentado um despertar espiritual graças a estes Passos, procuramos transmitir esta mensagem aos neuróticos e praticar estes princípios em todas as nossas atividades.

 

     O grupo, pode ser um reforço para quem tiver em tratamento com um psicólogo,não é aconselhado somente utilizando a entidade   para a dependência de vícios em games, como a psicóloga  Elaine Sibinelli,explica que mesmo que os jogos tem algumas caraterísticas bem atrativas, somente o ato de  jogar não se desencadeia um vício, tendo em seu tratamento contra o vício, uma característica emocional, que acaba fluindo para o vício, segundo Bianca*, pois somente pelo ato do desabafo e ter pessoas ouvindo sem poder depois falar para outros o que acabou ouvindo, acaba se tornando um terapia, onde ela que lida com depressão desde pequena, fala que mesmo com tratamento com psicólogo não foi suficiente, sentindo melhor depois que passou a utilizar o NA como também um meio de tratamento, João* conheceu depois que se divorciou por meio da divulgação da biblioteca, apesar de inicialmente ficar desconfiado, frequenta a 5 meses e acha que, apesar do pouco tempo, os encontrou já o beneficiou bastante.

  Paulo Roberto coordenador do grupo explica como funciona a organização.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

*nomes ficticios 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Neuróticos anônimos pode auxiliar no tratamento contra o vicio

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